1 – Os enlutados
Todo mundo conhece ou já ouviu falar de alguém que perdeu um ente querido e que afirma sentir a presença dessa pessoa com frequência ou, ainda, que conversa com o finado e até o vê pela casa, não é mesmo? Pois, um número enorme de indivíduos realmente acredita que é possível se comunicar com os mortos — e outro tanto prefere não duvidar que o contato pode acontecer, por se acaso

Mecanismo para lidar com a dor?
Muitos enlutados dizem conversar com os falecidos em sonhos, enquanto outros buscam a ajuda de médiuns para estabelecer a comunicação. Mas também acontece de o contato ocorrer de forma espontânea, e os familiares afirmam sentir o toque, ouvir a voz e perceber o cheiro do ente querido em determinadas ocasiões. Entretanto, para muitos especialistas, esses episódios acontecem como forma de o enlutado lidar com a terrível perda que sofreu.
2 – Quem passou por experiências de quase morte
É bastante comum que pessoas que tiveram a sorte de sobreviver a paradas cardiorrespiratórias “voltem” à vida contando a respeito de experiências inusitadas. Muitos garantem ter estado com entes queridos que já faleceram, enquanto outros experimentam momentos mais místicos, como encontros com Deus e outras figuras religiosas.
Atividade cerebral intensa?
Uma das explicações para as experiências de quase morte é que elas acontecem devido à atividade cerebral do paciente. Em um estudo realizado por cientistas da Universidade de Michigan, por exemplo, os pesquisadores provocaram paradas cardíacas em ratinhos de laboratório e descobriram que, após trinta segundos, seus cérebros entraram em intensa atividade, levando a equipe a sugerir que os humanos podem passar pelo mesmo processo.
3 – Várias culturas
O que não faltam por aí são culturas que acreditam se comunicar com seus mortos, como é o caso do povo Dogon, nativo de uma região isolada no sul de Mali, na África. Eles acreditam que são capazes de contatar seus ancestrais, e realizam um ritual no qual integrantes desse povo dançam usando máscaras talhadas em madeira que serviriam para conectar os vivos e os finados.
Crenças culturais
Além dos dogons, alguns povos nativos americanos, como os Navajo e os Apache, também acreditam na comunicação com seus ancestrais. Para eles, quando uma pessoa morre, ela se torna parte do mundo espiritual e passa a fazer parte das forças que podem influenciar e até prejudicar os vivos.
4 – Os espiritualistas
De acordo com os historiadores, o Espiritualismo Moderno foi fundado no século 19 pelas irmãs — Margaret, Leah e Kate — Fox, um trio de norte-americanas que vivia nos arredores de Nova York. Segundo os relatos, duas das meninas, Margaret e Kate, resolveram aprontar uma travessura com a mãe e inventaram a história de que a casa na qual a família residia era assombrada, e a dupla disse ser capaz de se comunicar com a assombração.
Brincadeirinha?
Não demorou até que a notícia fantasmagórica se espalhasse, e muitas pessoas da região começaram a fazer peregrinações até a residência dos Fox para contatar com os mortos. Com o tempo, as irmãs Fox acabaram se tornando médiuns profissionais e, mesmo depois de o trio admitir que não tinha nenhum poder incomum e que, no fundo, as mulheres eram charlatãs, o movimento espiritualista acabou ganhando força e se estabelecendo.
É claro que, por conta da confissão das irmãs, o espiritualismo sempre foi muito criticado pelos céticos — que acreditam que tudo não passa de balela. Tanto que existe uma instituição norte-americana, a James Randi Educational Foundation, que, em 1964, ofereceu um prêmio no valor de US$ 1 milhão para quem conseguisse provar que a paranormalidade existe e que é possível estabelecer a comunicação com os mortos. Ninguém conseguiu ganhar o prêmio ainda.